sexta-feira, 8 de agosto de 2008

livros - O Vencedor está Só - Paulo Coelho


O escritor Paulo Coelho está com livro novo nas lojas. "O Vencedor está só" lançado pela editora Agir em uma primeira edição de 200 mil exemplares.
O 12º livro do escritor está ambientado no mundo das celebridades e conta a história de um industrial russo, que abandonado pela esposa decide tentar forçar que ela retorne cometendo 5 assassinatos, durante o Festival de Cinema de Cannes.

A idéia por trás do primeiro romance policial de Paulo Coelho parece ser a de tentar expor o fechado mundo das celebridades, a chamada Superclasse, formada por pessoas que observadas todo o tempo pela mídia, que acabam se tornando a elite que define os rumos da sociedade.

Ainda não li, mas como fã do trabalho do Paulo, já estou providenciando... e por falar nele, fiz uma matéria sobre a biografia "O Mago" de Fernando Morais para o site Revista Eletricidade e já que ela não está mais no ar por lá, resolvi trazê-la para o blog, para deixá-la ao alcance das pessoas que ainda não tiveram a chance de ler:

O Mago - Fernando Morais (Editora Planeta)

Chega às livrarias uma nova biografia escrita por Fernando Morais, autor de Olga (85) e Chatô, O Rei do Brasil (94), o escritor e jornalista volta agora seus olhos para Paulo Coelho.

Entitulado “O Mago”, o livro é um projeto que demorou 4 anos até estar completo, começou com o autor se mudando para o Rio de Janeiro, para ficar próximo de seu biografado e possibilitar as mais de 100 entrevistas com personagens dos muitos fatos relatados pelo escritor em inúmeras horas de gravação.

Depois, continuou com as viagens pelo mundo afora, onde Coelho apresentou a Morais um pouco de seu cotidiano de estrela internacional do mundo literário. Tudo ia muito bem, o autor já tinha umas 100 páginas com este conteúdo até que, já de volta a São Paulo, onde mora há 45 anos, ele se deparou com uma cláusula na cópia do testamento de Paulo Coelho que o deixou intrigado.

No documento legal que dispunha sobre o destino dos bens do escritor estava escrito que um determinado baú, trancado a cadeados, guardado em seu apartamento de Copacabana, deveria ser incinerado com todo o seu conteúdo, sem ser aberto.

A ordem deixou Fernando Morais curioso, imediatamente ele entrou em contato com Paulo que tentou desconversar, dizendo que eram coisas de sua primeira infância, nada que tivesse grande interesse.

Mas diante da insistência de Morais, Paulo Coelho propôs uma “charada”, se ele descobrisse o nome do major do exército que o havia torturado no ano de 1969, em Ponta Grossa, interior do Paraná, receberia as chaves.

Uma informação até que fácil de obter, já que Morais estava acostumado a revirar com naturalidade os arquivos dos chamados porões da Ditadura Militar e após confirmada a identidade do tal Major, o escritor obteve as chaves que mudariam completamente o rumo de seu projeto.

O tal baú, que na cabeça de Fernando Morais tinha o tamanho de uma caixinha de jóias, era na verdade uma imensa arca, destas que servem de guarda-roupas para famílias inteiras durante longas viagens de navios e continha nada menos do que 170 cadernos grandes com diários escritos por Paulo Coelho dos 10 aos 50 anos, além de mais de 100 fitas cassete, fotos, recortes e papéis soltos.

Nas palavras do próprio Morais: "...eu abri, ele estava de pé, deitei aquilo no chão, empoeiradíssimo, me senti ali um Indiana Jones, descobrindo a arca do Santo Graal, abri os dois cadeados e dali de dentro saíram demônios que mudaram o rumo." As 100 páginas já escritas foram deletadas e o verdeiro trabalho estava começando.

E do baú emergiram muitos "esqueletos", experiências homossexuais, satanismo, drogas, internações em hospícios, as revelações eram tantas, que neste ponto, Morais se viu diante de um enorme dilema ético, imaginou que estaria traindo a confiança de alguém que havia sido muito generoso com ele e chegou a questionar os limites daquilo que estava escrevendo.
Mas a responsabilidade sobre a história daquela vida “esquartejada” que tinha diante de si era inteiramente dele e a opção final foi por expô-la em todos os detalhes, mesmo os mais sórdidos.

E o trabalho já se mostrou um sucesso antes mesmo de chegar às livrarias, com uma tiragem inicial de 100 mil exemplares, quando o habitual para um lançamento é de apenas 3 mil, "O Mago" já estava com direitos de tradução distribuidos para 30 países, além dos 17 em que a Editora Planeta, a mesma de Paulo Coelho, atua.
Além disso, Fernando Morais já tem propostas de pelo menos quatro produtores de cinema brasileiros, associados a distribuidoras estrangeiras, para transformar a biografia em filme.

Por incrível que pareça, a única reação ao material explosivo que Fernando Morais publicou que ainda falta ser verificada é a do próprio Paulo Coelho, por decisão do biografado, o livro só chegou às suas mãos pronto, no início desta semana, ao mesmo tempo em que chegava às prateleiras das livrarias brasileiras e por enquanto, ainda não se tem notícias de como reagiu.

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