segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Daniel Radcliffe na Vogue


A edição do mês de setembro da Revista Vogue americana traz uma extensa matéria sobre Daniel Radcliffe. O ator britânico de 19 anos deu uma entrevista para a revista de moda e foi clicado pela festejada Annie Leibovitz.

Às vésperas de estreiar na Broadway com a peça Equus, de Peter Shaffer, onde fica completamente nú em cena, o rapaz que interpreta o "garoto que sobreviveu" nos cinemas tem mostrado que depois da saga de Harry Potter ainda terá uma carreira de ator, e por mais incrível que isso possa parecer, contradiz com muito talento e carisma uma das grandes leis não escritas do cinema, aquela que dita que o sucesso na infância leva ao completo ostracismo na vida adulta.

Sua carreira parece seguir em outra direção, mesmo em um papel extremamente marcante, em um sucesso que já rendeu para a franquia cifras na casa dos 4,5 bilhões de dólares, tudo leva a crer que em 2011, quando o último capítulo da saga de JK Rowling chegar aos cinemas, Daniel será mais um talento em ascenção na indústria do cinema.

Fora de Hogwarts, Daniel tem feito filmes como Um Verão Para Toda a Vida (December Boys - 2007) e My Boy Jack (07), um drama para a TV que conta a história real do desaparecimento do filho do escritor Rudyard Kipling durante a Primeira Guerra Mundial.

Se na peça, Daniel interpreta um adolescente desajustado e com problemas psiquiátricos bem sérios, na vida real, Daniel contradiz completamente outra lei não escrita do cinema: aquela que diz que o sucesso sobe a cabeça muito rapidamente entre atores jovens.

Para a Vogue, ele confessou que acaba sendo uma surpresa boa para seus colegas de cena: "Eles esperam que uma pessoa horrível apareça em sua frente, então você tenta garantir que eles saibam que é uma pessoa inteligente e não horrível. Daí você tenta ser resoluto e sexy - mas só depois de ser simpático e amável."

Muito bem articulado, o rapaz impressiona o repórter passeando com graça e inteligência por assuntos variados que vão do público de Nova York, à música dos Sex Pistols, passando pela poesia de Keats e Radcliffe recorda: "Um amigo me disse uma vez 'Meu Deus, você diz cada coisa!'", "mas eu fiquei pensando, imagina as coisas que eu não digo. Você não faz idéia das coisas que se passam dentro da minha cabeça."

Seu personagem em Equus é um rapaz com sérios problemas psiquiátricos, mesmo assim Radcliffe consegue compartilhar alguns sentimentos de Alan Strang: "Acho que todos temos mais em comum com Alan do que gostaríamos de admitir," diz Radcliffe, "Eu jamais sairia por aí cegando cavalos, é claro, mas você procura dentro de suas próprias emoções - a tristeza, a raiva, a solidão - e acaba explodindo."

Vindo de uma família que já trabalhava com arte, Radcliffe resolveu que gostaria de ser ator aos cinco anos de idade, mas só conseguiu dobrar a vontade da mãe aos nove, quando ela finalmente consentiu em levá-lo para um teste no elenco da versão televisiva do clássico David Cooperfield, que seria a estréia do garoto como ator.

Sua performance em David Cooperfield rendeu uma ponta em "O Alfaiate do Panamá" e eventualmente em Harry Potter, um papel que o tornou popular e muito rico. Mas para alguém que cresceu no meio teatral era natural o salto das telas para os palcos "Uma boa peça vai muito além do que qualquer filme porque você sabe que viu uma coisa especial, algo que as futuras gerações não poderão assistir," Diz Radcliffe: "É como ver um show ao vivo, aconteceu só uma vez e você estava lá."

Sua estréia no teatro, também está sendo vista como sua passagem para o mundo adulto. No palco, ele divide as luzes com Richard Griffiths, o Tio Walter da saga de Harry Potter, no palco é o terapeuta que inveja a liberdade e as visões do paciente.

Durante a entrevista, Radcliffe ainda revelou um talento até então secreto; gosta e escreve poesias na melhor tradição clássica "Poesia é uma coisa maravilhosa, uma coisa secreta que você carrega dentro de si e que não revela para ninguém," ele diz, "A menos, que você publique alguma coisa, ou conta para os jornalistas sobre isso. Atuar tem barreiras, mas poesia não tem nenhuma barreira."

Com tantos talentos, revelados e alguns tantos ainda secretos, fica difícil deixar de imaginar um futuro brilhante para o ator, nas palavras do colega Richard Griffths: "Ele tem vários lados ocultos e profundos. É terrivelmente maduro sem ser nem remotamente chato, e extremamente complexo, sem ser maluco. Para resumir, eu acho que ele está aqui para viver uma vida invejavelmente interessante." Nós temos certeza disso!

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