terça-feira, 28 de agosto de 2007

Morrissey diz não a reunião dos Smiths


Ainda não será desta vez que os fãs da genial banda dos anos 80, The Smiths, terão a alegria de revê-los, juntos, pelos palcos do mundo.

Morrissey, mais uma vez recusou um acordo milionário para uma reunião com sua antiga banda. Segundo a Rolling Stone chegaram a ser oferecidos 75 milhões de dólares para que ele fizesse uma excursão entre 2008 e 2009 ao lado de seus ex-companheiros de banda Johnny Marr e Mike Joyce.

Uma pena, já que os Smiths fazem parte de qualquer lista que considere as melhores e mais influentes bandas da História do Rock.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Clássico do sci-fi em nova versão



Vem aí mais um remake de um grande clássico da ficção científica, "O Dia Em que a Terra Parou" (1951), um filme de Robert Wise, está recebendo uma nova versão dirigida por Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose) de acordo com a Revista Variety.

O roteiro ficará nas mãos de David Scarpa. Sobre o elenco, por enquanto, o único ator confirmado é Keanu Reeves, no papel de Klaatu, o alienígena que tem como missão colocar as coisas em ordem aqui na Terra, ou destruí-la de vez, se os terráqueos não se comportarem. A previsão de lançamento para o remake é Maio/2008.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Simply Red: novo DVD a caminho



Um novo lançamento da banda britânica Simply Red está a caminho. No dia 22/10 chega as lojas mais um DVD ao vivo e desta vez, os fãs poderão ver em casa o resultado das seis apresentações, com ingressos esgotados, no palco mais nobre de Londres, o imponente Royal Albert Hall, que aconteceram no final do mês de Maio.

Com direção de David Mallet, que já trabalhou com AC/DC, Elton John, David Bowie, Madonna, Rolling Stones e U2, o DVD terá como extras cenas de bastidores, galeria de fotos e uma entrevista exclusiva com Mick Hucknall.

Se os detalhes sobre este lançamento ainda estão um tanto vagos, pelo menos a lista de músicas confirmadas no trabalho já justifica a expectativa:

The World & You Tonight
So Beautiful
For Your Babies
The Death Of The Cool
So Not Over You
They Don't Know
Night Nurse
Lady
Stay
Holding Back The Years
Debris
Good Times Have Done Me Wrong
Oh! What A Girl!
Thrill Me
Stars
Sunrise
Money’s Too Tight (To Mention)
Fairground
Something Got Me Started
If You Don't Know Me By Now

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Para ouvir: Paula Toller solo



O segundo trabalho solo da cantora Paula Toller, chega após oito anos do primeiro e tem pelo menos dois diferenciais que andam meio esquecidos no mundo pop dos últimos tempos: cuidado e sofisticação.

Mas no bom sentido, o cuidado aqui tem a ver com busca por uma qualidade superior e não com medo de ousadias e a sofisticação passa bem longe daquela coisa rebuscada que costuma vir associada a esta palavra.

Na verdade, em "Só Nós" nada é over e as coisas estão meio implícitas, seja no tom da voz de Paula que continua baixinho, melodioso e pop; como sempre foi, aliás, ou nas próprias melodias que alternam violões e pianos em baladas ora pops, ora folk-rock ou acústicas cheias de detalhes interessantes e variados, mas "sequinhas" no formato, sem nenhum excesso.

Quase ao contrário do primeiro solo, que era um disco de regravações, com apenas duas inéditas, entre elas "Oito Anos", feita para o seu filho Gabriel e "atualizada", agora, em "Barcelona 16", uma baladinha pop que fala de um "segundo parto", com a partida (real) do filho para estudar fora do Brasil.

As letras também chamam atenção em "Só Nós", das eternas questões filosóficas de "O q é q eu sou?", às imagens inconfundíveis do Rio de Janeiro muito bem descritas por Fausto Fawcett em "Pane de Maravilha", passando pela belíssima "Rústica", com letra da Paula, o disco todo convida a uma audição mais atenta e está bem longe daquele padrão "produto pop", para consumo rápido, que costuma acompanhar os trabalhos do gênero.

Das 14 faixas do disco, 8 foram compostas por Paula, em parcerias com artistas diversos, como Erasmo Carlos, Jesse Harris, Rufus Wainwright, Nenung, Dado Villa-Lobos e Donovan Frankenreiter. Sendo que 4 são em inglês, "All Over", "If You Won't", "Long Way From Home" e "Glass", esta última, com um dueto para lá de interessante com Kevin Johansen.

E para quem ficou preocupado com a continuidade do Kid Abelha, pós trabalho solo, a loura já deixou avisado que a banda está de férias até o final do ano.

Texto escrito originalmente para a Revista Eletricidade

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Girl Power! Por uma boa causa!


Um festival para levantar fundos em favor da luta contra o câncer de mama e também contra o câncer infantil vai juntar alguns dos maiores nomes do rock, em sua versão feminina, em Irvine, na California.

O evento chamado GirlFrenzy Festival acontece no dia 27/10 e terá as presenças já confirmadas de Sheryl Crow, Avril Lavigne, Fiona Apple, Antigone Rising, Sara Bareilles e Colbie Caillat.

Os ingressos estarão a venda a partir do próximo sábado (25/08).

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Mick Jagger lança coletânea solo



Enquanto a maior banda do mundo, os Rolling Stones se preparam para anunciar sua "aposentadoria" definitiva, pelo menos das longas tournês, Mick Jagger anda fuçando seu baú e se prepara para lançar uma coletânea de músicas de sua carreira solo.

O novo disco sai no dia 02 de Outubro nos EUA, tem 17 faixas e inclui algumas inéditas e também raridades como "Memo From Turner", com Ry Cooder na guitarra, a música fez parte da trilha sonora do filme "Performance" (1970), estrelado por Jagger . E ainda no terreno cinema, "Old Habits Die Hard" saiu diretamente da trilha de Alfie (2004) e levou o Globo de Ouro de Melhor Canção Original.

Também entre as raridades está uma música inédita "Too Many Cooks (Spoil The Soup)", produzida por John Lennon, a música foi gravada em 73 e nunca foi lançada; assim como "Charmed Life", que foi gravada durante as sessões do disco "Wandering Spirit", mas que acabou de fora do disco.

As demais faixas saíram dos seus quatro discos solo: "She's The Boss" (1985), "Primitive Cool" (1987),"Wandering Spirit" (1993), e "Goddess In The Doorway" (2001).

Confira as faixas de The Very Best of Mick Jagger:

1. God Gave Me Everything
2. Put Me In The Trash
3. Just Another Night
4. Don't Tear Me Up
5. Charmed Life
6. Sweet Thing
7. Old Habits Die Hard
8. Dancing In The Street
9. Too Many Cooks
10. Memo From Turner
11. Lucky In Love
12. Let's Work
13. Joy
14. Don't Call Me Up
15. Checkin' Up On My Baby
16. (You Gotta Walk And) Don't Look Back
17. Evening Gown

domingo, 19 de agosto de 2007

Para a agenda...


O cantor Lobão faz única apresentação de seu show Acústico no próximo final de semana (25/08) no Citibank Hall, em São Paulo.
Não sou muito de divulgar este tipo de evento por aqui, mas comento este show por se tratar de um trabalho extremamente bem cuidado e que vale a pena conferir, se é que já não chegou a todos os "ouvidos" por outras vias.
O retorno do bom e velho "Lobo Mau" do rock nacional rendeu algumas pancadas gratuitas e discabidas da mídia, que parecem já terem sido substituidas por elogios à qualidade musical do trabalho, que diga-se de passagem, nem sempre esteve tão presente nos últimos anos.
De qualquer maneira, as novas e, segundo o próprio Lobão, definitivas versões dos velhos hits já valem o ingresso. Para pipocar!

Lobão Acústico MTV - Citibank Hall - Av Jamaris, 213 - Moema - 25/08/07 - Informações: 6846-6040

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Luxo para alugar


Se você não tem muito dinheiro e mesmo assim sonha em desfilar por aí com aqueles acessórios caríssimos de grife de "tombar Paris", seus problemas acabaram!
Pelo menos é o que promete o site "Bag, Borrow or Steal", um site americano que mediante o pagamento de uma afiliação, aluga, empresta e vende bolsas e jóias de marcas famosas como Prada, Louis Vuitton, Versace e os sempre clássicos Chanel e Dior.
A cliente se inscreve, paga uma mensalidade e a partir daí tem um grande catálogo online para escolher os produtos que serão entregues em sua casa pelo correio.
E se, no final da festa, ainda bater aquela vontade de não devolver, não tem problema; o site promete vender suas preciosidades fashion a preços bem atraentes.
Maiores informações no site da empresa.

Agora é Oficial!



Depois dos rumores, finalmente uma coletiva de imprensa realizada ontem em Hollywood "selou" oficialmente o retorno aos palcos do Van Halen.

Mas não falem em reunião, pelo menos, perto de David Lee Roth, o vocalista que retorna ao Van Halen depois de 22 anos longe, declarou em alto e bom som na entrevista que "Esta não é uma reunião, esta é uma nova banda".

E é verdade, já que no meio dos veteranos Eddie Van Halen (guitarra), David Lee Roth (vocais), Alex Van Halen (bateria) também figura uma "cara nova", Wolfgang Van Halen assume o baixo que um dia já pertenceu a Michael Anthony com apenas 16 anos de idade. O adolescente é filho de Eddie e antes do entendimento com Roth chegou até mesmo a ser cogitado para assumir, além do baixo, os vocais da banda.

A expectativa dos fãs da banda agora se volta para a nova tournê, os ingressos serão colocados a venda a partir do dia 18/08, o primeiro show acontece no dia 27/09 em Charlotte.

Para saber mais

Site oficial do Van Halen

Roteiro da nova tour

Procuram-se sósias de Bob Dylan


Se você é parecido com Bob Dylan e gostaria de curtir seus 15 minutos de fama, corra até Nova York.
O lendário Bob Dylan estará filmando um novo vídeo por lá na próxima semana e para isso, a produção colocou um anúncio no site Craiglist pedindo por sósias do cantor com idade entre 20 e 40 anos para enviarem um e-mail para bobdylanvideo@gmail.com .
Infelizmente não foram divulgados mais detalhes sobre o vídeo, como o título da música ou o roteiro que será filmado.
Mas que a reunião dos "candidatos" promete ser bem divertida, isso promete.

domingo, 12 de agosto de 2007

Harry Potter segundo Stephen King


Em artigo publicado pela revista Entertainment Weekly, o consagrado escritor Stephen King se declara fã da série Harry Potter e analiza seu gran finale. Também fala da polêmica dos críticos, os chatos spoilers e da sobrevivência da literatura de JK Rowling.


Agora que o barulho já terminou, a batalha foi perdida e ganha, a Batalha de Hogwarts, bem entendido, e todos os segredos já saíram do Chapéu Seletor; aqueles que apostaram na morte de Harry Potter perderam seu dinheiro duplamente: o garoto que sobreviveu, transformou-se exatamente em um sobrevivente.

E se você acha que este é um spoiler, a esta altura, bem você nunca foi um fã de verdade do Potter para começar. O ultraje com as críticas adiantadas (Mary Carole McCauley do Baltimore Sun, Michiko Kakutani do New York Times) já se desfez... embora aquele gostinho amargo tenha permanecido para muitos fãs.

Para mim, ficou, embora não esteja relacionado com este conceito bobo de spoiler de ultimamente, nem com a tal ética de respeito à data de lançamento do livro. O voto de silêncio que antecedeu o lançamento era no final das contas, uma trama perpetrada pelas editoras Bloomsbury e Scholastic, e não - até onde eu sei - uma lei saída da Carta Magna Britânica ou da Constituição americana.

Nem mesmo o protesto inflamado de Jo Rowling ("Estou pasma que alguns jornais americanos tenham decidido publicar... críticas ignorando totalmente o desejo de literalmente milhões de leitores, especialmente crianças...") me convence. Estes livros deixaram de ser infantis lá pelo meio da série, no Cálice de Fogo, Rowling já estava escrevendo para todos, e tinha consciência disso.

E a prova definitiva do quanto eles eram adultos aparece bem no final - de uma forma esplêndida - em Deathly Hallows quando a senhora Weasley percebe que a odiosa Belatrix Lestrange está tentando acabar com Ginny usando a Maldição da Morte, grita: "Minha filha, não, sua puta!". E este é o "puta" mais chocante da ficção recente, já que não existem palavrões em nenhum livro do Potter, este atinge em cheio e com uma força quase fatal. E está perfeitamente no contexto como a resposta de um adulto que vê seu filho em perigo.

O problema com as críticas antecipadas - e nos dias imediatamente posteriores ao lançamento - foi o mesmo que persegue a obra de Rowling desde o livro 4 (Cálice de Fogo), depois que a série já tinha virado um fenômeno mundial. E aconteceu porque os livros se cercaram de um mistério no melhor estilo do Kremlin e todas as críticas desde o ano 2000, tentaram ser fiéis a este segredo.

Os críticos sempre foram ótimos - A senhorita Katukani não é exatamente uma "carrasca" - mas a popularidade dos livros acabou arruinando até mesmo as melhores intenções de qualquer crítico.
Em sua pressa para encher colunas e desta forma continuar fazendo parte da "Igreja do Que Está Acontecendo Agora"; poucos críticos do Potter disseram alguma coisa que sequer mereça ser lembrado. A maioria deles tentou encaixar o Harry, seus amigos e aventuras em duas formas: sociológicamente ("Harry Potter: Uma Benção ou Doença Infantil?") ou economicamente ("Harry Potter e a Câmara de Descontos").
E eles analisam coisas como a narrativa ou a linguagem, mas não podem fazer muito mais do que isso...
Quando você tem só 4 dias para ler um livro de 750 páginas e escrever uma crítica com 1100 palavras, quanto tempo você tem para realmente curtir sua leitura? Para pensar no que leu? Jo Rowling preparou uma refeição de sete pratos, cuidadosamente servidos de forma adorável.
As crianças e adultos que se apaixonaram pela série (e me incluo aí), saborearam cada garfada, desde a entrada (Pedra Filosofal) até a sobremesa (o lindo epílogo de "Deathly Hallows").
Muitos críticos, por outro lado, engoliram tudo de uma só vez e devolveram em seus jornais páginas digeridas pela metade.

E por isso, poucos destes críticos, desde Salon até o New York Times, realmente pararam para considerar o que a senhora Rowling havia criado, de onde veio e o significado que terá no futuro. E os blogs não foram muito melhores. Eles só pareciam interessados em saber quem sobreviveria, quem morreria e quem estava revelando os segredos. Enfim, tudo muito bobo.

Então, o que aconteceu? De onde veio o "Ministério da Magia"? Bem, existem algumas pistas sobre isso.
Enquanto os acadêmicos e críticos do sistema educacional se queixavam de que ninguém mais lia e que tudo em que as crianças pensavam eram seus Xboxes, iPods, Avril Lavigne e High School Musical, os garotos que os preocupavam estavam silenciosamente adotando os livros de um tal de Robert Lawrence Stine.
Conhecido nos meios literários como "Bob Jovial" Stine, este cara ganhou mais tarde um outro apelido, o de "Stephen King da literatura infantil". Ele escreveu seu primeiro livro de terror adolescente (Blind Date) em 1986, anos antes da chegada da Pottermania... mas logo, você não conseguia olhar a lista de best-sellers do USA Today, sem ver 3 ou 4 de seus livros.
Estas obras quase não chamaram a atenção dos críticos - que eu saiba, Michiko Katukani nunca escreveu sobre "Who Killed the Homecoming Queen?" - mas os garotos deram bastante atenção e RL Stine experimentou uma onda de popularidade com eles, em parte movida pela internet ainda iniciante, para transformar-se no autor infantil de maior vendagem do século 20.

Como a Rowling, ele era da Scholastic, e eu não tenho dúvida que o sucesso do Stine foi uma das razões para a Scholastic arriscar-se na contratação de uma jovem e desconhecida escritora britânica, para começar. Ele é desconhecido da maioria... mas, é claro, João Batista também nunca conseguiu a mesma atenção que teve Jesus.

Rowling fez bem mais sucesso, de crítica e financeiro, porque os livros do Potter foram crescendo com o passar do tempo. Esse, eu acho, é o maior segredo (nem tão secreto assim; para entender visualmente o que digo, comprem um ingresso para a "Ordem da Fênix" e veja como o antes "fofinho" Ron Weasley está bem maior do que Harry e Hermione).
Os garotos do RL Stine são garotos para sempre, enquanto aqueles que curtem suas aventuras continuam crescendo e inevitavelmente esquecem os velhos "Nikes" da infância.
Os garotos da Jo Rowling cresceram... e seu público cresceu junto.
Isso não teria tanta importância se ela fosse uma escritora ruim, mas ela não era.

Enquanto alguns blogs e a mídia tradicional se preocupavam em dizer que a ambição de Rowling era quem ditava o ritmo para o crescimento da popularidade de seus livros, eles não perceberam que o talento também crescia.
Talento não é algo estático, está sempre crescendo ou morrendo, e para resumir o que penso sobre Rowling é que quando começou, ela já era muito melhor do que RL Stine (um escritor adequado, mas insípido), mas quando escreveu a última frase de "Deathly Hallows" ("Tudo está bem"), ela se tornou uma das melhores escritoras de seu país - não tão boa quanto Ian McEwan ou Ruth Rendell (ainda não), mas facilmente no mesmo nível que Beryl Bainbridge ou Martin Amis.

E, é claro, tinha a magia. É o que os garotos almejam, acima de tudo. E isso nos leva de volta aos irmãos Grimm, Hans Christian Andersen e a boa e velha Alice, correndo atrás do coelhinho. Os garotos estão sempre procurando pelo "Ministério da Magia" e geralmente o encontram.

Um dia, em Bangor, minha cidade, eu estava andando pela rua quando vi um garotinho de uns 3 anos com o rosto sujo, os joelhos cheios de cicatrizes e um ar muito compenetrado. Estava sentado entre a calçada e o asfalto, tinha um galho em sua mão com o qual golpeava a terra. "Fique aí!" ele gritava. "Fique aí, droga! Você não pode sair enquanto eu não disser a Palavra Mágica! Você não pode sair enquanto eu não mandar!"

Muitas pessoas passavam sem prestar muita atenção. Eu diminui meu passo, e fiquei observando enquanto pude porque também converso com as coisas que habitam a minha imaginação e peço a elas o mesmo, para que fiquem por lá e não saiam enquanto eu não der permissão.

Fiquei encantado com o "faz-de-conta" do garoto (sempre presumindo que era um faz-de-conta hehehehe).

E algumas coisas me ocorreram. Uma, fosse ele um adulto, a polícia já o teria levado para um exame psiquiátrico. Outra, que crianças exibindo tendências paranoico-esquizofrenicas são simplesmente aceitas pela sociedade. Todos entendemos que crianças são meio malucas até mais ou menos seus 8 anos de idade, quando cortamos o seu "barato", vale tudo!

Isso aconteceu em 1982, enquanto eu me preparava para escrever uma história sobre crianças e monstros (A Coisa), e essa cena influenciou bastante aquele livro. Mesmo agora, anos depois, eu penso naquele garoto - um pequeno "Ministro da Magia" usando um galho seco como varinha - e espero que ele não tenha se considerado velho demais para os livros de Harry Potter. Talvez tenha, é triste pensar assim, mas tem uma coisa que JRR Tolkien admite e que Rowling ainda não - é que às vezes - frequentemente, na verdade - a mágica termina.

Foram as crianças no caso da Jo Rowling que foram cativadas primeiro, demonstrando com a lógica irrefutável dos 10 bazilhões de livros vendidos que os garotos ainda colocam seus iPods e Game Boys de lado para pegar um livro... se a mágica estiver nele. E que ler é mesmo algo mágico, disto eu nunca duvidei.
Gostaria muito de saber quantos adolescentes e pré-adolescentes deixaram a mesma mensagem em seus telefones nos dias após o lançamento: Não liguem hoje, estou lendo!

A mesma coisa deve ter acontecido com a série "Goosebumps" de RL Stine, mas, diferente dele, a Rowling trouxe os adultos para o seu círculo de leitores, deixando-o bem maior.
Este não é um fenômeno único, embora pareça mais associado aos escritores britânicos: Alice no País das Maravilhas começou como uma história contada para uma garotinha de 10 anos, chamada Alice Liddell, por Charles Dogson (também conhecido como Lewis Carroll); e agora ele é ensinado em muitas faculdades. E "Watership Down", a versão de Richard Adams da "Odisséia" (com coelhos no lugar de humanos), começou como uma histórinha para distrair suas filhas pré-adolescentes, Juliet e Rosamond, em uma longa viagem de carro.
Como livro, porém, foi vendido como "fantasia para adultos" e tornou-se um best- seller internacional.

Talvez seja a prosa britânica. É duro resistir a hipnose de vozes calmas e sensíveis, especialmente quando elas estão "fazendo-de-conta". Rowling sempre fez parte daquela tradição de contadores de histórias (Peter Pan, originalmente uma peça de JM Barie, é um caso parecido). Ela nunca perdeu de vista o seu tema principal - o poder do amor para transformar situações terríveis e crianças em adultos decentes e responsáveis - mas sua escrita é fundamentalmente para contar uma história.
Ela é mais lúcida do que brilhante, mas tudo bem, quando ela expressa seus sentimentos permanece como uma "amante" destes sentimentos, sem negar sua verdade e sua força. O melhor exemplo em "Deathly Hallows" aparece logo no início, quando Harry se lembra de sua infância na casa dos Dursleys. "Lembrar aqueles tempos causou nele um estranho sentimento de vazio," Rowling escreve "Era como lembrar de um irmão mais novo que foi perdido há muito tempo". Honesto, nostálgico e sem exageros.
Um pequeno exemplo do estilo que permitiu que Jo Rowling quebrasse a barreira entre gerações sem nenhum esforço e sem perder aquela dignidade alegre que é um dos maiores charmes da série.

Os seus personagens são bem desenhados, seu ritmo impecável, e embora existam algumas pequenas falhas de continuidade, a história é sólida como um todo e quase perfeita em suas mais de 4 mil páginas.

E ela domina muito bem a famosa sagacidade britânica, quando Ron, tentando ouvir uma transmissão ilegal em seu rádio bruxo, pega uma música pop chamada "Um Caldeirão Cheio de Amor Quente e Forte". Devia ser alguma versão bruxa da Donna Summer cantando.
Tem também sua resposta inteligente aos tablóides britânicos - um assunto que tenho certeza ela conhece muito bem - na persona de Rita Skeeter, talvez o melhor nome de um personagem fictício, desde os criados por Jonathan Swift.
Quando Elphias Doge, o perfeito cavalheiro inglês, chama Rita de "truta metida", eu tive vontade de me levantar e aplaudir. Toma essa! Tem muita "carne" nos "ossos" destes livros - boa escrita, sentimentos honestos, uma doce, mas inflexível visão da natureza humana... e sua dura realidade: "Minha filha não, sua puta!" O fato de Harry atrair adultos além das crianças nunca me surpreendeu.

Os livros são perfeitos? Não, de fato, alguns trechos são muito longos. Em "Deatlhy Hallows", por exemplo, tem um tanto de enrolação e acampamento naquela tenda que chega a dar a sensação de que Jo Rowling estava de olho no relógio para que o livro coubesse no tempo de um ano letivo, como os seis anteriores.

E às vezes ela cai na "Síndrome do Robinson Crusoé". Todas as vezes que o herói náufrago precisa de algo, ele volta ao seu navio - que convenientemente está preso nos recifes ao redor da ilha deserta - e pega o que precisa de seus porões (em uma das falhas mais divertidas da História da Literatura Inglesa, Robinson sai para nadar nú e a seguir, enche seus bolsos).

Desta mesma maneira, sempre que Harry e seus amigos se metem em alguma enrascada, produzem um novo feitiço - fogo, água para apagar o fogo, escadas que convenientemente se transformam em escorregadores - e eles se livram.
Eu aceito a maioria deles, em parte porque ainda tem em mim um tanto de criança que ainda tende mais para o lado da alegria do que o da dúvida, mas também porque eu entendo a mágica por ela mesma, como algo que não tem limites.

Ainda assim, no climax da Batalha de Hogwarts, com os gigantes atacando, as pinturas gritando e os bruxos voando, eu estava quase desejando que alguém puxasse uma boa e velha metralhadora e começasse a atirar como Rambo.

Se todos estes feitiços - criados pela necessidade - como as coisas do navio do Crusoé - eram sinais de um esgotamento criativo, são os únicos que percebi, e isso é surpreendente. Na maior parte do tempo, a Rowling está se divertindo e muito e quando um bom escritor se diverte, seu público também está se divertindo. E você pode ter certeza que terá o retorno financeiro disso (e, bem, ela teve!)

Uma última observação: Os acadêmicos parecem considerar que a mágica de Harry não é suficientemente forte para transformar uma geração de não-leitores em traças de bibliotecas... mas não são os primeiros a subestimar a mágica de Harry; olha só o que aconteceu com Lord Voldemort. E, é claro, que estes acadêmicos nunca dariam nenhum crédito a Harry não fossem as listas de best-sellers. Um herói literário tão famoso quanto os Beatles? "Nunca aconteceu!" eles gritariam. "O romance tradicional está tão morto quanto Jacob Marley! Pergunte a qualquer um! Em outras palavras, pergunte-nos!"

Mas ler nunca morreu para os garotos. Au contraire, o lado infanto-juvenil está bem mais saudável do que o adulto, que precisa enfrentar pelo menos umas 400 novas pretensiosas e chatas "novelas literarias" a cada ano.
Enquanto os tais academicos estão prevendo (e lamentando) o surgimento da sociedade pós-literária, os garotos estão complementando o seu Potter com narrativas de Lemony Snicket, as aventuras do adolescente Artemis Fowl, a trilogia de Philip Pullman, as aventuras de Alex Rider, os mistérios maravilhosos de Peter Abrahams, as histórias daquele jeans viajante.
E claro, não podemos esquecer o invencível (mesmo sendo meio fedido, às vezes) Capitão Cueca. E também, que tal estender um pouco a velha coroa para RL Stine, o jovial João Batista de Jo Rowling?

Eu comecei citando Sheakespeare; vou fechar com "The Who": Os garotos estão bem. A permanencia neste caminho depende de escritores como JK Rowling, que sabe muito bem contar uma história (e isso é importante) e o faz sem falar demais (ainda mais importante) ou recorrer aos exageros do preciosismo (de vital importância). Porque se ela deixar o campo para estes "trouxas" intelectuais a novela tradicional estará morta, eles irão matá-la.

É bom "fazer-de-conta" que estou falando disso. Conhecida em alguns círculos como a "Ministra da Magia", JK Rowling nos mostrou como as coisas devem ser feitas: é um padrão bem alto, e Deus a abençoe por tê-lo feito.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Keith Richards: boas e más notícias...


Keith Richards tomou mais uma vez o centro das atenções dos fãs dos Stones, no último final de semana, com duas notícias, uma muito boa: ele acaba de embolsar 7 milhões de dólares pelos direitos de sua autobiografia a ser lançada em 2010 por uma editora de Nova York. O livro será escrito em conjunto com James Fox.

O contrato bateu o recorde anterior que era de Eric Clapton que recebeu 5 milhões de dólares para publicar suas memórias.

E a outra, bem ruim, conta que o guitarrista teria caído no palco inúmeras vezes durante a apresentação dos Stones na cidade de Helsinki, segundo diversos fãs que estavam na platéia, por muito pouco, Keith não caiu de uma altura de 6 metros.

Ele estava completamente bêbado e o show só não foi um completo desastre porque Mick Jagger e Ron Wood conseguiram segurar o pique da apresentação, enquanto Keith só dava vexame.

No show seguinte, em Copenhagen, Keith parecia estar muito bem.
Sinceramente, eu espero que tenha sido só um susto, afinal aos 63 anos de idade, depois de uma vida de excessos, já está na hora dele "manerar" um pouco, não é?

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A volta do Van Halen


Na próxima semana, em uma coletiva de imprensa em Los Angeles será anunciado um dos mais aguardados retornos da História do Rock and Roll.

O Van Halen volta à cena com David Lee Roth nos vocais, Eddie Van Halen, na guitarra, Alex Van Halen na bateria e o baixo vai ficar com Wolfgang Van Halen, filho de Eddie, estreando na banda no lugar de Michael Anthony.
A tournê começa em Outubro e passa por 50 cidades americanas, com grandes shows em ginásios será a primeira com a presença de David Lee Roth desde 1984.

Vamos cruzar os dedinhos para que dure até passar pelo Brasil!!!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Simply Red lança autobiografia


Boas notícias para os fãs da banda Simply Red. Sai em setembro a primeira biografia oficial da banda.

Intitulado "If You Don't Know Me By Now", o livro tem Mick Hucknall falando em detalhes sobre sua música, sua banda e influências.
O livro traz também depoimentos de outros músicos da banda, produtores, executivos da música e pessoas próximas do Simply Red.

Mick estará autografando livros em algumas livrarias pela Grã-Bretanha em Outubro. A primeira sessão de autógrafos está confirmada na livraria John Lewis, na Oxford Street, no dia 18/10 às 18hrs.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Meu amigo urso...







Esta é a primeira foto que consegui de um dos ursos que invadiram a residência do vocalista do Whitesnake, David Coverdale.

Olhando a foto, não tem como não sentir aquela dorzinha no coração por saber que um animal tão lindo está se aproximando de áreas habitadas por humanos simplesmente porque os locais onde vivia antes não oferecem mais condições para sua sobrevivência.

domingo, 5 de agosto de 2007

E as aventuras continuam...


Depois da invasão do urso, na última quinta-feira, as coisas continuam bem selvagens lá pelos lados da "Mansão Coverdale" em Lake Tahoe, Nevada.

Aconselhado a colocar armadilhas de urso em sua propriedade, o cantor pode constatar na manhã deste domingo que uma delas havia conseguido capturar um animal.

David Coverdale então chamou as autoridades e um especialista constatou que o animal capturado era um urso marrom, fêmea, de 12 anos de idade e, de acordo com o cantor, diferente dos outros dois que invadiram a propriedade nos últimos dias.

Enquanto o urso capturado era sedado, para ser transportado para longe, os cães do especialista perceberam que havia mais um animal no "deck" da piscina.

Este segundo urso, encurralado pelos cães, subiu em uma das árvores, sendo "forçado" a descer por balas de borracha disparadas pelo xerife local.
O urso negro, um dos que invadiram a casa na semana passada, foi então sedado e também será transportado.

O cantor classificou a experiência como extraordinária e afirma que está tirando algumas fotos dos animais. Estaremos publicando aqui no blog, assim que forem postadas.
Aguardem pelos novos capítulos e lembrem sempre crianças, que vocês leram primeiro aqui... sorry BBC, mas nós publicamos antes...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Parece Piada... Mas é Sério! (parte 2)


Saiu mais uma lista de "pérolas" do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o teste que é aplicado para medir a "eficiência" do nosso Ensino Médio.
Não sei, mas, pela amostra, acho que está mais para "deficiência"....


- O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino.

- O número de famigerados do MST almenta a cada ano seletivo.

- Os anaufabetos nunca tiveram chance de voltar outra vez para a escola.

- Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar.

- O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba.

- Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos.

- Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana.

- Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Russia.

- O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro.

- A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.

- Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam.

- Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.

- No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando.

- Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu.

- A capital da Argentina é Buenos Dias.

- A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.

- As aves tem na boca um dente chamado bico.

- A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.

- Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos.

- Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs.

- Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais.

- O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro.

- A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.

- O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes.

- Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas.

- As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas.

- Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central.

- As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet.


- A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly.

- O Papa veio instalar o Vaticano em Vitória mas a Marinha não deixou para construir a Capitania dos Portos no mesmo lugar.

- A devassa da Inconfidência Mineira foi Marília de Dirceu, a amante de Tiradentes.

- Hormônios são células sexuais dos homens masculinos.

- Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba.

- Onde nasce o sol é o nacente , onde desce é o decente.

- A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4 que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece?

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Parece até piada... Mas é sério!



David Coverdale, vocalista do Whitesnake levou um baita de um susto hoje à tarde.

O cantor estava no escritório, conversando ao telefone, quando nada menos do que um urso de 200 kg invadiu a sua casa, quebrando a janela do quarto de hóspedes.

Esta é a segunda vez que a propriedade em que vive, em Lake Tahoe, Nevada, é invadida desta forma. Há 15 dias, um outro urso, desta vez menor, colocou a cabeça através da janela da cozinha.

David correu atrás do animal aos berros e, usando uma buzina spray, conseguiu fazer com que o urso voltasse para a mata.

Por sorte, ninguém se feriu, mas este tipo de ocorrência está se tornando cada vez mais comum naquela região, principalmente após o grave incêndio que destruiu uma grande porção de mata na área próxima ao lago no mês passado.

Segundo as autoridades locais, os animais se aproximam das casas em busca de comida.