domingo, 31 de março de 2013

Chocolate para seus ouvidos...


Então...no dia em que quase todo mundo segue os desmandos do consumismo descabelado e, a estas horas, já enfiou os 4 pés em quantidades astronômicas de chocolate, estava aqui pensando nas músicas que são tão boas quanto um bom ovo de páscoa de chocolate belga, recheado com aquela generosidade  de que só as avós são capazes, com a  melhor das trufas já preparada por mãos humanas.

Deu para pintar o quadro na imaginação? Então vamos à minha lista de 10 canções melhores do que chocolate:

1. The Rain Song - Led Zeppelin



2. Gimme Shelter - Rolling Stones



3. Kashmir - Led Zeppelin



4. Something - Beatles



5. Song to the Siren - Robert Plant



6. Wild Horses - Rolling Stones



7. Save Me  - Queen




8. One - U2



9. Going to California - Led Zeppelin



10. Dream On  - Aerosmith





sábado, 30 de março de 2013

Robert Plant cheio de projetos para 2013



Tudo indica que neste ano ainda ouviremos falar muito de Robert Plant. O eterno vocalista do Led Zeppelin que continua sua turnê mundial com a banda Sensational Space Shifters tem muitos projetos para 2013, todos eles bastante interessantes para seu público.

O músico, que terminou o ano de 2012 ao lado de seus parceiros do Led Zeppelin, recebendo homenagens do Presidente Barack Obama, em uma cerimônia na Casa Branca, começou 2013 apresentando-se do outro lado do mundo, em Cingapura, Nova Zelândia e Austrália. Os shows, que fazem parte da mesma turnê que passou pelo Brasil no final do ano passado, têm recebido muitos elogios de crítica e público e contam agora com ainda mais músicas do Led Zeppelin em seu repertório.

Robert Plant e os Sensational Space Shifters seguem agora para os Estados Unidos, apresentando-se principalmente nos festivais que acontecem durante todo o verão americano.

Mas assim que tiver algum tempo livre, Plant volta para Austin, onde deve juntar-se ao elenco do novo filme do diretor Terence Malick, em uma produção que ainda não tem um nome definido e falará sobre triângulos amorosos que acontecem no meio da cena musical de Austin, cidade onde o cantor vive atualmente.
Plant, que possivelmente interpretará a si mesmo na tela, estará acompanhado por um elenco que inclui Ryan Gosling, Natalie Portman, Michael Fassbender, Rooney Mara, Cate Blanchett e Val Kilmer; além de nomes da música como Patti Smith, Johnny Rotten e a banda Black Lips.

Depois do cinema, será a vez do mercado editorial, o cantor deve lançar uma autobiografia, escrita a quatro mãos com o editor das revistas Q e Kerrang! e velho amigo Paul Rees.
Entitulado "Robert Plant: A Life", o livro promete algumas revelações e chega às livrarias britânicas em Outubro de 2013.

Como se os shows, o filme e o livro não bastassem, ele também participou das gravações do novo disco da namorada Patty Griffin e já tem pronto seu segundo disco com a Band of Joy. O trabalho produzido por Buddy Muller será o primeiro trabalho solo do artista com músicas inéditas, depois de "Mighty Rearrenger" (2005). Também comenta-se que no momento, o artista estaria preparando novo material para um album a ser gravado com sua atual banda, a Sensational Space Shifters.

Tudo isso para um artista de 64 anos de idade que começou o ano provocando seus ex-colegas de Led Zeppelin, em uma entrevista para a TV australiana, declarando que estaria livre para a tão aguardada reunião da banda em 2014. Será que vai sobrar alguma energia para isso? Quando se trata de Robert Plant, ninguém pode duvidar que sim.




**Em tempo - Quando estava editando este texto sobre  projetos futuros de Robert Plant, encontrei uma entrevista divertidíssima dele para uma emissora de TV australiana, que pode ser vista aí em cima... O que mais nos interessa é que, em resposta a um comentário do repórter sobre a Copa do Mundo no Brasil, ele diz que gostaria de vir para cá para tocar no belo teatro que temos na Amazônia. Produtores de shows do Brasil e empresários, será que não dá para alguém convidá-lo? Os fãs agradecem!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Eric Clapton reúne seus amigos para tocar o que gosta em novo disco



Como artista, Eric Clapton já conquistou o privilégio de poder fazer o que bem entender e isso significa poder lançar seus discos através de seu próprio selo independente, onde decidiu tudo, das fotos que vão para a capa, tiradas por ele mesmo, ao repertório, seja ele de inéditas ou regravações.

"Old Sock" é uma reafirmação de todos os privilégios conquistados durante os seus 50 anos de carreira e bons serviços prestados a música; da mesma geração dos grandes músicos britânicos que conseguiram traduzir e popularizar o blues negro americano para o mundo inteiro, Eric Clapton pertence a uma lista bem restrita de artistas que têm direito a se permitir algumas excentricidades.

Feito com a ajuda de uma lista de artistas convidados que inclui Paul McCartney, Chaka Khan e Steve Winwood, para ficar em apenas alguns, o trabalho soa como um encontro completamente casual e relaxado de velhos amigos que se divertem fazendo música, todos confortáveis como se estivessem usando a tal "meia velha" que dá título ao álbum.

O 21º disco de estúdio de Clapton tem 10 regravações e apenas 2 faixas inéditas "Gotta get it over" e "Every Little Thing", que não são composições do mestre, mas servem como um lembrete de que ele ainda tem o que é preciso, tanto para o blues, sempre presente em toda a sua carreira, como para aquelas baladas situadas no meio do caminho entre o rock e o pop.

"Further On Down the Road" abre o disco com um reggae de Taj Mahal e faz lembrar que o músico já teve pelo menos um grande sucesso neste ritmo; "I Shot the Sheriff" de Bob Marley levou Clapton para um passeio nas paradas de sucesso durante a década de 70.

"Angel" de JJ Cale é a próxima faixa e além da presença do músico, recebe uma interpretação primorosa de Clapton, navegando na fronteira entre o folk, o pop urbano de Cale e uma deliciosa pegada blues, que a transforma em um dos pontos altos do disco.

Outro é o standard americano "All of Me", que Clapton divide alegremente com Paul McCartney, no contrabaixo acústico e nos vocais; criando uma versão absolutamente irresistível que ganha o coração dos ouvintes logo na primeira audição.

Não deixe de conhecer também a versão de "Still Got the Blues", a música de Gary Moore ganhou novas cores com o hammond de Steve Winwood, a guitarra acústica de Clapton, um arranjo de cordas e um coro gospel e quando todos acham que não cabe mais nada a guitarra elétrica do mestre aparece quase no final da música. Uma delícia, sem qualquer intenção de competir com a versão original.

Resumindo, apesar de "Old Sock" não acrescentar grandes novidades à discografia de Eric Clapton, com seus muitos sabores e essência de blues está musicalmente muito acima da média do que a grande maioria das coisas que foram lançadas no mercado ultimamente.

Faixas de "Old Sock"

1.Further on Down the Road
2.Angel
3.The Folks Who Live On the Hill
4.Gotta Get Over
5.Till Your Well Runs Dry
6.All of Me
7.Born to Lose
8.Still Got the Blues
9.Goodnight Irene
10.Your One and Only Man
11.Every Little Thing
12.Our Love Is Here to Stay

segunda-feira, 18 de março de 2013

Bon Jovi lança novo disco e tocará no Rock In Rio 2013



A banda Bon Jovi já tem 30 anos de carreira e chega ao seu 12° álbum trazendo um pouco mais do mesmo. A ideia talvez seja a de agradar um público formado quando o vocalista era a alegria das "moçoilas" colecionadoras de posters, que gritavam e se descabelavam a cada movimento do rapaz sob os holofotes, mais ou menos como hoje fazem as fãs de Justin Bieber.

E como Bieber, nos seus tempos de glória, entre as décadas de 80 e 90, não saia da mídia, impulsionado muito mais por essa idolatria sem sentido do que pela qualidade de sua música. Pois bem... se nas décadas passadas muito pouca coisa se salvava nos discos da banda além de algum riff um pouco mais inspirado do bom guitarrista Richie Sambora, agora a situação é ainda mais difícil.

Depois de uma tentativa quase válida de pegar uma carona na onda country em 2007, com "Lost Highway"; a banda voltou a seu terreno mais conhecido e seguro em 2009, com "The Circle" e agora repete a fórmula de sempre em "What About Now".

Produzido em uma parceria entre Jon Bon Jovi, Richie Sambora e John Shanks, o novo trabalho não chega a empolgar em nenhum momento e nem precisa colocar o disco para tocar para saber exatamente o que tem nele, do pop travestido de rock de arena, na mesma pegada de "Living On A Prayer" (Because We Can) às baladas melosas e enjoativas como "Amem" e em todas as outras 14 faixas do disco uma impressão muito forte de que tudo já foi ouvido antes.

E antes que comece a enxurrada de e-mails e comentários irritados de ex-moçoilas que ainda (?!) são fãs do Bon Jovi, só falta acrescentar que a banda deve passar novamente pelo Brasil, já que está escalada para tocar no Rock In Rio, no dia 20 de Setembro.
Espero que o repertório do show fique longe desse novo trabalho e se baseie nos velhos sucessos, porque senão será um dos shows mais intragáveis da história do Rock In Rio.
Pronto! Agora pode começar o apedrejamento

Faixas de "What About Now":

1. Because We Can
2. I·m With You
3. What About Now
4. Pictures Of You
5. Amen
6. That·s What The Water Made Me
7. What·s Left Of Me
8. Army Of One
9. Thick As Thieves
10. Beautiful World
11. Room At The End of The World
12. The Fighter
13. With These Two Hands
14. Not Running Anymore
15. Old Habits Die Hard
16. Every Road Leads Home To You

Dez anos depois, David Bowie está de volta com "The Next Day"

 

Tudo começou no dia 8 de Janeiro de 2013, na data exata em que completava 66 anos, David Bowie lançou o single "Where Are We Now?", quebrando um silêncio de uma década, que a maioria já encarava como sua aposentadoria definitiva e anunciando para o mês de março o lançamento de um novo disco, que vinha sendo produzido secretamente, nos últimos dois anos.

"The Next Day" não só traz de volta um dos grandes artistas das últimas décadas, como o traz em sua melhor forma. E tem referências tanto ao passado de Bowie, e a sua melhor fase como músico, como também se mostra moderno, atento aos próximos passos nesta década que apenas começou.

As referências ao passado começam na capa, uma folha em branco cobre a foto da capa de "Heroes" (77), onde se lê o nome do novo disco. A balada "Where Are We Now?" não só lembra este trabalho icônico, como cita Berlim, a cidade em que ele foi feito.

Mas o disco vai além e vemos o pensamento vivo do artista quando critica o culto a celebridade em "The Stars (Are Out Tonight)", a melhor e mais palatável faixa do disco se junta a canções mais introspectivas como "Love Is Lost" e a linda balada "You Feel So Lonely You Could Die".

Impossível ouvir "Heat", com seu arranjo de cordas dissonantes, sem pelo menos sentir-se um pouco desconfortável e é aí que a volta de Bowie já começa a valer a pena, nesse cenário musical estagnado dos últimos anos é um alento saber que ainda se faz isso, música para inquietar e balançar as estruturas do velho sistema.

O clima de "The Next Day" é denso, as letras falam em morte, guerra, solidão, mas para os fãs de Bowie, ele é muito mais do que uma boa novidade, ele é uma nova razão (mais uma) para amar um artista que se mostra mais vivo do que nunca e, como sempre, cheio de coisas relevantes a dizer...

Faixas de "The Next Day":

1.The Next Day
2.Dirty Boys
3.The Stars (Are Out Tonight)
4.Love Is Lost
5. Where Are We Now?
6.Valentine's Day
7.If You Can See Me
8.I'd Rather Be High
9.Boss of Me
10.Dancing Out in Space
11.How Does the Grass Grow?
12.(You Will) Set the World On Fire
13.You Feel So Lonely You Could Die
14.Heat