terça-feira, 3 de março de 2009

Filmes que veremos em 2009: Cadillac Records




O filme "Cadillac Records" retrata a história de um verdadeiro marco da música; a gravadora Chess, um pequeno selo de Chicago que durante as décadas de 50 e 60 produziu os melhores e mais importantes discos do blues e de um ainda iniciante rock, tendo em seu elenco músicos lendários como Muddy Waters, Willie Dixon, Howlin' Wolf, Chuck Berry, Little Walter e Etta James.

Para qualquer pessoa que se interessa por rock mais clássico, especialmente aquele que saiu da chamada British Invasion, nos anos 60 e já teve a curiosidade de pesquisar as influências dos músicos que mudaram para sempre a cara do rock e do pop que se fez desde então, já deve ter tropeçado aqui e ali em informações sobre esta mítica gravadora.

Para nós, os fãs, sempre foi um lugar mágico, uma espécie de "disneylandia" onde os músicos que vinham do velho sul, pegavam emprestados alguns toques urbanos da efervescente Chicago e entregavam ao mundo uma nova sonoridade que até então, só chegava nas rádios especializadas em música negra, que também, até então, só contavam com uma audiência negra.

O enfoque do filme em especial é sobre a figura de Leonard Chess (Adrien Brody), um europeu que vai para a América tentar vencer na vida e tropeça em uma mina de ouro. Como não podia deixar de ser, o dinheiro que a gravadora produz quase nunca chega aos bolsos dos músicos, mesmo assim, Chess mostra-se como um bom amigo de seu elenco de astros, chegando a presenteá-los com luxuosos cadillacs, os tops de linha da época.

Claro que no caminho destas lendas, todas bem desajustadas quando examinadas mais de perto, aparecem doses maciças de drogas, bebida e sexo; mas são detalhes que estão no contexto, tanto da música, quanto da época, em que artistas, especialmente os negros, percorriam a linha fina que separa a vida boêmia da marginalidade.

Chega a ser emocionante ver estes músicos lendários retratados com uma boa dose de reverência pelo diretor Darnell Martin, que ainda teve o bom senso de escalar um elenco de músicos; assim, o rapper MOS DEF aparece retratando tranquilamente as maluquices de Chuck Berry e a cantora Beyonce Knowles está perfeita como a maravilhosa Etta James.

A trilha sonora é imperdível e espero que chegue logo nas lojas brasileiras e se não chegar, vale importar. O filme chega aos cinemas brasileiros no dia 27/03

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