Sete Vidas (Seven Pounds - 2008)

Até pouco tempo atrás, o talento de Will Smith parecia mais voltado para a diversão, filmes engraçados ou aquelas mega produções onde toda emoção vem como resultado do ritmo frenético da aventura.

Mas, em 2006, sua participação no drama "À Procura da Felicidade" mostrou que afinal de contas, o ator não era só mais uma carinha bonita e músculos bem torneados para se acompanhar com pipoca e refrigerante, ele tinha profundidade, conteúdo e uma veia dramática, características que andaram rendendo a Smith indicações para o Oscar e o Globo de Ouro.

Apostando novamente no drama, depois do sucesso do nada sério "Hancock", Smith volta a trabalhar com o diretor italiano Gabrielle Muccino, o mesmo de "À Procura da Felicidade", em "Sete Vidas".

Com roteiro criativo e bem construído, tudo o que sabemos sobre Ben Thomas é que ele é um agente do imposto de renda que está empenhado em fazer uma lista de pessoas que necessitam de algum tipo de ajuda e, investigando cada um dos candidatos para ter a certeza de que são pessoas realmente merecedoras.

Mas tudo é muito misterioso e só chegamos ao quadro completo da história bem próximo ao final, quando já nos emocionamos com a trajetória de Ben e seu amor por uma das pessoas de sua lista, Emily Posa (Rosario Dawson em uma interpretação para lá de inspirada).

Bonito, apesar de triste, "Sete Vidas" talvez tenha como sua principal mensagem a de fazer valer a pena e que o colocar-se a serviço do outro pode justificar assim sua própria vida.

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