sábado, 31 de janeiro de 2009

Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road - 2008)



Bastou apenas um filme, o mega sucesso Titanic (97), para que seu casal de protagonistas (Leonardo DiCaprio e Kate Winslet) criasse uma impressão tão forte dentro do imaginário popular, que mesmo 12 anos após seu lançamento, o anúncio de ambos reprisando a condição de casal, em uma nova produção, causasse um enorme furor entre o público.

Mas, a situação agora é bem diferente, especialista em mostrar as inúmeras disfunções dentro do que o mundo acostumou-se a chamar de típica família americana, o diretor de "Beleza Americana"(99), Sam Mendes, mergulha nos bem comportados subúrbios dos anos 50, cenário das presumidas famílias perfeitas, para mostrar que as coisas podiam não ser bem assim.

Em uma rua chamada Revolutionary Road, April e Frank Wheeler (Kate Winslet e Leonardo Di Caprio) já acumulam dois filhos e frustrações pessoais e profissionais demasiadas para sentirem-se inseridos na tal perfeição.

Com 30 e poucos anos, eles percebem que seu casamento está começando a ruir e por isso, buscam desesperadamente novos planos e um possível recomeço na Europa, embala os sonhos dos dois.

Mas a realidade pode ser mais cruel do que as observações de John Givings (Michael Shannon), o perturbado filho de uma vizinha fofoqueira do casal interpretada magistralmente por Kathy Bates, que acabou de sair de um hospital psiquiátrico e assim, dispensa as sutilezas da hipocrisia.

Adaptado para o cinema a partir do livro "Revolutionary Road" de Richard Yates, o filme recebeu 4 indicações ao Globo de Ouro, melhor filme (drama), melhor diretor, melhor ator (Leonardo DiCaprio) e levou apenas o prêmio de melhor atriz (Kate Winslet).

A Academia indicou John Givings para concorrer ao Oscar de melhor ator coadjuvante, mas dificilmente conseguirá tirar o prêmio póstumo do genial Coringa de Heath Ledger em "Batman, Cavaleiro das Trevas".

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Um comentário:

  1. Este filme é simplesmente sensacional. Um "soco" no estomâgo, na maioria da vezes, mas ao mesmo tempo trata da dor e da frustação humanas com um olhar terno e compassivo, como aliás em outro filme de Sam Mendes, "Beleza Americana".

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