quinta-feira, 24 de abril de 2008

Shine a Light - The Rolling Stones (a resenha)



A maior banda de rock do mundo, os músicos mais influentes do planeta que praticamente inventaram o rock como ele é hoje, consagrados de todas as formas possíveis mas também tratados muitas vezes como marginais e rebeldes. Sempre prontos para criar polêmica, quase sempre envolvidos em escândalos.

Assim podem ser definidos os últimos 46 anos de estrada dos Rolling Stones, uma longa trajetória, com todos os ingredientes de uma boa farsa, daquelas que Hollywood costuma filmar, cheia de momentos de muita emoção e personagens, que nas mãos de bons atores costumam render prêmios e reconhecimento.

De olho nesta trajetória e ao mesmo tempo atônito com a sua duração, o cineasta Martin Scorsese decidiu registrar em filme, aquilo que tentou explicar para si mesmo, afinal, o que move essa máquina musical fantástica?

E o resultado é "Shine a Light", um documentário que se não consegue explicar como, mostra a máquina em ação, com força total, passando como um rolo compressor, numa performance acachapante.

Durante a tournê do disco "A Bigger Bang", em 2006, em apresentações especiais para convidados em Nova York, no minúsculo, mas charmoso Beacon Theater, a banda que hoje em dia toca nos grandes estádios do mundo, mas que começou sua carreira tentando recriar a arte negra do blues americano em lugares até menores do que este.

Nos intervalos, algumas preciosidades em branco e preto, servem como boa desculpa para dar uma espiadela no que foram estes 46 anos de carreira.

Dizem que o diabo está no detalhe, no caso do filme de Scorsese, o sublime também. São inúmeros os detalhes que os fãs dos Stones ou mesmo aqueles nem tão fãs assim podem perceber, pela primeira vez, graças à proximidade que a magia do cinema proporciona.

E o que não falta é magia, do início, uma espécie de making-off do filme ao seu ápice, exatamente durante a participação especial de Buddy Guy e sua guitarra de bolinhas, tocando o blues "Champagne & Reefer". Ali finalmente estão juntas as duas culturas, o bluesman original e aqueles que o admiraram a ponto de mudar o mundo tentando imitá-lo.

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