domingo, 10 de janeiro de 2010

Uma ficção que quer ser realidade cria o terror de "Contatos de 4º Grau"



Mais uma vez um cineasta convida o público a acreditar que aquilo que estamos vendo se baseia em fatos reais, sua técnica desta vez é a recriação com atores de supostas imagens reais, captadas por câmeras que registraram no mês de outubro do ano 2000, inexplicáveis fenômenos em uma pequena cidade do Alaska, chamada Nome.

Segundo o diretor Olatunde Osunsanmi, a ideia para o filme nasceu em 2004, quando ele tomou contato pela primeira vez com os impressionantes relatos da Dra Abigail Tyler, uma psicóloga que, ao lado do marido, aproveitava a peculiaridade do lugar, onde metade do ano é dia e a outra metade noite, para fazer estudos do sono.

Mas tudo muda, quando seus pacientes começam a relatar o mesmo problema: por volta das 3 da manhã, todos acordam assustados e percebem a presença de uma coruja branca, ora na janela, ora dentro do quarto.

E tudo estaria limitado apenas a uma estranha curiosidade, não fossem os desaparecimentos e mortes inexplicáveis associadas aos fenômenos.

Com a atriz Milla Jovovich interpretando a Dra Abigail em cenas que muitas vezes apenas reproduzem os tais vídeos, supostamente reais, o filme cumpre muito bem seu papel de assustar, adicionando dados cada vez mais perturbadores à história.

O título, por exemplo, evoca uma classificação utilizada por ufologistas para o tipo de contato com alienígenas, já explorada no cinema por Steven Spielberg no clássico "Contatos Imediatos do Terceiro Grau" (1977) e se refere, segundo à abdução.

E tudo isso, deixando de lado os grandes efeitos especiais e recursos tecnológicos de última geração, tão presentes no cinema de hoje em dia.

Seguindo com uma certa competência a fórmula criada em "A Bruxa de Blair" (1999), que já gerou o recente fenômeno "Atividade Paranormal"(2009); o diretor conta uma história com potencial para criar no público uma grande curiosidade que dura pelo menos até o momento em que se encontra um computador conectado à internet e percebe-se que se trata de mais uma bem encenada enganação, baseada em fatos reais sim, mas com possíveis explicações bem mais simples do que as que o filme quer nos fazer acreditar.

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