quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Filmes de 2010: Invictus



O cineasta Clint Eastwood, mais uma vez busca inspiração na vida real para contar uma extraordinária história de superação.

Nelson Mandela dispensa maiores apresentações; vítima daquele absurdo chamado apartheid, passou 27 anos na prisão, mas de lá, saiu para governar o país e mudá-lo para sempre.

Em 1994, quando foi eleito presidente, a África do Sul parecia um vulcão prestes a explodir; de um lado, os brancos ainda racistas, temendo as represálias que os negros, antes submissos e agora livres, e no comando, poderiam patrocinar.

Do outro lado, os negros experimentavam pela primeira vez uma situação em que suas vozes eram ouvidas e tentam aproveitar o momento para uma pequena grande vingança: mudar tudo na seleção de rugby, o esporte favorito dos brancos, que na visão deles seria ainda um dos símbolos do apartheid.

Mas Mandela tem outros planos e usará o amor pelo esporte não como uma forma de vingança pelos séculos de opressão, mas como um ponto de união para um novo recomeço.

Com o livro "Playing the Enemy: Nelson Mandela and the Game that Made a Nation" do jornalista John Carlin como base, o roteiro mostra a trajetória de um Nelson Mandela quase heróico, interpretado com maestria pelo maravilhoso Morgan Freeman, o presidente se compromete em trazer o apoio de todo o país para o time de rugby, e no intervalo de apenas um ano, consegue levar a seleção à final contra a poderosa seleção da Nova Zelândia.

No time, seu grande entusiasta passa a ser o capitão François Pienaar, na pele de Matt Damon, mais loiro e "bombado" do que nunca e caprichando no sotaque sulafricano, em um papel que ironicamente, após exigir tanta mudança corporal, é definido muito mais por olhares significativos do que por qualquer ação física.

O título do filme refere-se ao poema de William Ernest Henley (1849–1903), enviado por Mandela ao capitão Pienaar para servir como estímulo e inspiração para a luta pelo campeonato e que, segundo o roteiro, serviu para inspirar Mandela durante os anos em que esteve na prisão.

Alguns especialistas na história da África do Sul dizem que as coisas não foram bem assim, que as complicações do vergonhoso racismo continuam ainda hoje, atingindo o país e que Mandela nunca foi exatamente o santo que o filme pinta, mesmo assim é difícil deixar de sentir uma grande emoção em algumas sequências.

Uma emoção que já rendeu ao filme 3 indicações ao Globo de Ouro (melhor ator na categoria drama, melhor ator coadjuvante e melhor direção) e que deve render umas outras tantas ao Oscar.

Posts Relacionados por Marcador



Um comentário:

  1. Fiz o download por torrent desse filme e recomendo,filmaço,Morgan Freeman ta arregaçando, o figurino faz vc em determinados momentos acreditar que é o próprio Nelson Mandela.Ótima oportunidade pra conhecer um episodio da vida de Mandela,eu mesmo não sabia que ele é um ser tão iluminado,mereceu o Nobel da PAz. ASSISTAM!!

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita!