terça-feira, 22 de setembro de 2009

O novo best-seller de Dan Brown



Depois do sucesso inegável de "O Código da Vinci" (2003), Dan Brown passou a ser visto como uma eficiente máquina pronta para vender livros onde informações históricas reais, teorias conspiratórias, arte, simbologia e outros assuntos igualmente curiosos aparecem misturados ajudando a criar um ótimo e despretensioso entretenimento.

E assim como "Anjos e Demônios" (2000) e "O Código Da Vinci" (2003), "The Lost Symbol" narra as aventuras do simbologista Robert Langdon, e parece seguir uma fórmula em sua trama: uma desabalada corrida contra o tempo com Langdon atuando como um detetive, desvendando símbolos, percorrendo labirintos, buscando detalhes e informações em obras de arte para evitar que um maluco coloque, mais uma vez, a vida de muitas pessoas em risco.

No caso deste novo livro, tudo começa quando o simbologista é convidado por um velho amigo, Peter Salomon, a fazer uma palestra sobre monumentos maçonicos em um evento beneficente dentro do Capitólio.
Mas ao invés de encontrar o amigo, Langdon encontra um novo mistério a desvendar, as pistas que deve seguir para salvar a vida do amigo e mentor, que foi sequestrado por um louco que deseja o poder prometido por velhas Lendas Maçonicas.

Langdon, como nos dois livros anteriores, dá um show, exibindo seus conhecimentos sobre maçonaria, arte, simbologia, religiões e é perseguido por agentes da CIA, que como se imagina, estão sempre prontos para demonstrar sua força, mas nem um pouco dispostos a compartilhar informações com quem quer que seja.

Para ajudar Langdon, Katherine, a irmã cientista de Peter, e Warren Bellamy, um importante maçon de Washington, responsável por todo conjunto arquitetônico do Capitólio.

Com um número grande de reviravoltas espetaculares, "The Lost Symbol" tem um ritmo que torna quase impossível deixá-lo de lado enquanto sua leitura não está completa e provavelmente deve fazer pela Maçonaria e seus monumentos em Washington, o mesmo que fez pelas obras de arte e monumentos europeus relacionados ao Cristianismo descritos em seus trabalhos anteriores.

Como as "Sociedades Secretas " e "Teorias da Conspiração", nos livros anteriores, as quase desconhecidas Ciências Noéticas também devem passar por um processo de popularização, após o lançamento de "The Lost Symbol"; esta nova ramificação de estudos fundada pelo ex-astronauta Edgar Mitchell e ainda vista com uma certa descrença pelo próprio mundo científico, deve ganhar um bom espaço nas rodas de bate-papo tanto físicas como virtuais.

"The Lost Symbol" tem sido muito bem recebido pelos leitores de Brown e arrancado até elogios da crítica especializada, quase sempre avessa a best-sellers.

Quanto às vendas, o novo livro vai muito bem, de sua tiragem inicial de 5,6 milhões de livros, foram vendidos em sua primeira semana nas livrarias 2 milhões; o que fez a editora Doubleday encomendar a impressão de 500 mil cópias extras.

Também vale lembrar que o livro está tendo uma grande aceitação no formato e-book; sua versão para o Kindle, já é recorde de vendas no site da livraria virtual Amazon.

Embora impressionantes, os números de Brown ainda estão bem longe de bater o recorde de "Harry Potter e as Relíquias da Morte"; o livro final da saga de JK Rowling vendeu 8 milhões de cópias apenas nos EUA, em seu dia de lançamento, em julho de 2007.

A versão em português "O Símbolo Perdido" será lançada pela Editora Sextante no dia 04 de dezembro e, até lá, apenas a versão original, em inglês, estará disponível.

A exemplo de "O Código da Vinci" e "Anjos e Demônios", "O Símbolo Perdido" será adaptado para o cinema pelo diretor Ron Howard e deve chegar às telas em 2012.

Texto publicado originalmente na Revista Eletricidade

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