Em um dia como todos os outros, a população de Joanesburgo, na África do Sul, leva um tremendo susto ao olhar para o céu e dar de cara com uma gigantesca nave alienígena.
As pessoas entram em pânico, mas depois, ao notarem que nenhum movimento acontece, começam a ficar mais tranquilas e até criam coragem para irem ao encontro da tal nave, tentando compreender o que poderia ter acontecido com sua tripulação.
Ao fazerem isso, descobrem uma população de milhares de seres estranhos, que podem ser descritos como intemediários entre lagostas e insetos gigantes.
Famintos, os seres são levados para a terra e rapidamente instalados em um campo provisório chamado Distrito 9, que é devidamente cercado com arame farpado, para evitar maiores contatos com a população local.
Para resolver a crise, uma agência multinacional é criada. O tempo passa e o campo provisório se transforma em uma gigantesca favela, na cidade, as placas se espalham restringindo o acesso dos alienígenas, que são publicamente discriminados.
Negligenciados completamente pelos poderes públicos e marginalizados, os alienígenas transformam-se em presa fácil para cruéis mafiosos nigerianos que se instalam no Distrito 9 explorando a população, em busca de uma parte de seu avançado armamento.
Começando em tom de documentário, Distrito 9 vai crescendo em dramaticidade, a medida em que vai descrevendo os conflitos causados pela presença forçada dos alienígenas entre os humanos e tudo se transforma em caos, quando 20 anos após a chegada da nave, a tal agência internacional decide mover toda a população da favela alienígena para um campo de concentração distante da cidade.
Para comandar a operação de mudança, a agência nomeia o burocrata Wikus Van De Merwe, interpretado pelo brilhante novato Sharlto Copley, que por sua inocência, embora também carregue um preconceito pesado contra os alienígenas, é a cara "humanitária", na pesada operação militar de captura e repressão que possibilitará o desmanche da favela.
Mas um acidente faz com que Wikus prove um pouco do real tratamento dispensado aos aliens e o drama humano que naquele ambiente sul-africano, traz imediantamente à memória a crueldade do apartheid, começa a tomar dimensões e aspectos cada vez piores.
Dirigido pelo sul-africano Neill Blomkamp, o filme é uma aposta de Peter Jackson, que decidiu usar uma parte do dinheiro que ganhou na Trilogia Senhor dos Anéis, na produção dessa história surpreendente e humana.
Mas bastante crua em seu desenvolvimento, o filme usa e abusa de detalhes que embora ofereçam uma dose extra de veracidade à narrativa, a transformam em um soco bem dado no estômago.
E por falar em estômago, cabe um aviso, esqueça a pipoca, é impossível manter o apetite diante de uma boa parte das cenas de "Distrito 9".
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