terça-feira, 14 de julho de 2009

17 Outra Vez (17 Again - 2009)



O cinema está cheio de roteiros em que pessoas trocam radical e repentinamente de lugar e situação,apenas para descobrirem alguma coisa que está oculta a princípio por outros problemas.

Embora tenha sido baseado nessa ideia usada e reusada incontáveis vezes pelo cinema, "17 Outra Vez" tem seu próprio charme; contando a história de Mike (Matthew Perry) um homem de 30 e tantos anos que está vivendo uma fase muito ruim de sua vida, seu casamento de 20 anos terminou, seus filhos o tratam como um estranho e para piorar tudo, ainda foi demitido de seu trabalho.

Em uma visita casual ao seu antigo colégio, ele começa a lembrar-se da época em que trocou uma possível carreira como jogador de basquete e a bolsa na faculdade por um casamento apressado pela gravidez da namorada.

As lembranças fazem com que ele fique imaginando como teria sido sua vida e alguém, com poderes mágicos claro, percebe seu desejo de descobrir e repentinamente, Mike tem 17 anos novamente e se transforma no ídolo teen Zach Efron.

Percebendo a mudança só quando volta para a casa do amigo Ned (Thomas Lennon), um nerd que enriqueceu vendendo programas de computador, ele conta com sua ajuda para voltar ao colégio e descobrir lá, no time de basquete como seria sua vida se tivesse aproveitado a grande chance que teve em mãos.

Mas se "17 Outra Vez" não tem a ideia mais original do cinema, talvez seja um dos filmes que melhor explorou a mudança radical que ela representa para o personagem e oferece muitos momentos divertidos, especialmente os que envolvem a "nerdíce" explícita de Ned e os esforços de Mike, ainda um trintão por dentro, para se adaptar ao colégio e fazer amigos agora como adolescente.

Também vale destacar o bom trabalho de ator de Efron que conseguiu absorver muitos dos maneirismos de Matthew Perry e assim consegue uma performance bastante convincente de que ele e Matthew são a mesma pessoa.

O diretor Burr Steer ainda aproveitou a oportunidade de homenagear um grande clássico do cinema, aqui e ali vemos ecos do maravilhoso "A Felicidade não se compra" (1946) de Frank Capra, uma obra-prima do cinema que merece sempre ser revisitada.

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