quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A MTV faz 20 anos



Nem parece, mas já tem MTV no Brasil há 20 anos. Para quem viu essa história em alguns momentos mais ou menos de perto, é quase surreal que em um sábado meio chuvoso, no dia 20 de Outubro de 1990, eu e meu pai tenhamos saído de manhãnzinha para ir a uma lojinha de ferragens do bairro para comprar a tal da antena de UHF que garantiria o recebimento do sinal.

Sim, deixamos para a útima hora, mas conseguimos assistir desde o primeiro minuto de transmissão, gravando-o em um dinossáurico videocassete e festejando muito, já que em minha cabecinha adolescente ter MTV em casa era o primeiro sinal de que o Brasil começava a ficar "moderno".

Demorou um pouco, mas pequenas doses de desilusão acabariam minando gota-a-gota essa minha ideia de "evolução" via MTV Brasil.

Mas não posso negar que a programação da emissora foi responsável por uma boa parte do acúmulo de minhas mais de 300 fitas de VHS gravadas com videoclipes, especiais, reportagens e quase tudo aquilo que a emissora passava diariamente, além das festas, shows e vinhetas, muitas vinhetas.

Antes da MTV poucos eram os programas e emissoras que se prestavam a mostrar a melhor e mais interessante novidade que a década de 80 havia produzido. Cada nova música era agora acompanhada por pequenos filmes que mostravam o artista tocando até delirarem em mega-produções que marcariam a história como o clipe de "Thriller" de Michael Jackson.

E para quem já nasceu com a internet, eu falo sobre uma outra época, um tempo em que as informações sobre bandas e músicas dependiam dos jornalões que ignoravam os jovens, umas poucas revistas nacionais mensais que demoravam séculos para publicar as "novidades" e as revistas importadas, que chegavam uns dois meses depois de lançadas.

Então, aquele "MTV no Ar", comandado pelo Zeca Camargo era uma fonte e tanto de notícias sobre o que interessava para a gente.

Mas não só as notícias, eu via quase tudo o que a emissora exibia e aquele estilo inicial marcou tanto para mim que hoje ainda estranho quando coloco na emissora e o programa tem um cenário de verdade e não aqueles fundos animados de chroma key, dos primeiros tempos.

Na frente dos chroma keys, os VJs que muita gente criticava: falavam inglês ruim, pareciam desleixados, moviam-se demais, de menos; mas com o tempo e pelos padrões da emissora, onde beleza e juventude sempre triunfaram sobre coisas como conhecimento musical, competência e até empatia com o público, as coisas só fizeram piorar com cada nova geração.

O mesmo pode-se dizer sobre o gosto do público. Pensando naquelas primeiras horas e dias de programação, que abriu com um belíssimo videoclipe de Marina Lima cantando a clássica "Garota de Ipanema" tenho uma certa dificuldade em entender como chegamos a esse lodo de coisas musicalmente horríveis como Restart, Cine e NX Zero.

Pensando bem, agora percebo que estou soando um pouco como meus pais e avós que diziam que a música boa era a de sua época. Mas fazer o que?

A MTV de agora achou a interatividade, encontrou seu espaço nessa geração que quer participar de tudo, comentar tudo e isso é bom... espero que em algum momento essa turma encontre e exija uma música de mais qualidade.

sábado, 2 de outubro de 2010

Coincidências do Amor



Depois que a serie de TV Friends terminou em 2004, Jenifer Anniston encontrou uma carreira na comédia romântica em personagens que quase sempre têm muita coisa em comum com a Rachel Green que todo mundo conhece.

No roteiro uma história dos tempos modernos, ela é Kassie, uma mulher que chega aos 40 anos sem um relacionamento fixo e por isso decide ter um filho usando inseminação artificial.

Wally (Jason Bateman), que já namorou com Kassie e ainda é apaixonado por ela, não é a favor da idéia, bebe acima da conta na festa que comemora a inseminação e acidentalmente perde o material do doador Roland (Patrick Wilson), substituindo-o por seu próprio. Mas os excessos de bebida provocam nele uma amnésia completa dos acontecimentos daquela noite.

Kassie fica grávida, viaja para morar por um tempo com seus pais e só volta para a cidade sete anos depois com uma surpresa para Wally.

Sebastian (Thomas Robinson), o filho de Kassie é ele em miniatura: neurótico, hipocondríaco, pessimista e agora ele precisa apenas lembrar-se do que aconteceu na tal da festa para tentar colocar sua vida em ordem. O garoto é uma das melhores coisas do filme.

Dirigido por Josh Gordon e Will Speck, o filme tem seus momentos divertidos, especialmente graças a participação de Jeff Goldblum, como o impagável Leonard, chefe de Wally.